Não, o ovo não é o vilão que se pensava e o seu consumo pode, mesmo, ajudar a proteger o coração.
Mas antes da explicação, vamos aos factos que estão na origem deste mito:
Ainda que tudo levasse a crer que o ovo seria um alvo a abater na dieta de indivíduos com colesterol elevado, pequisas iniciadas nos últimos 10 anos vieram comprovar que, afinal, o colesterol dos alimentos, como o ovo e outros, não tem impacto significativo no aumento do colesterol sanguíneo. Porque é que isto acontece? Porque o colesterol dos alimentos não é absorvido a 100% (varia, até, de pessoa para pessoa) e porque aquele que é absorvido promove uma redução na síntese de colesterol do organismo (que acontece principalmente no fígado), contrabalançando assim os níveis de colesterol no sangue.
Sabe-se que o colesterol do sangue está realcionado com o consumo excessivo de gorduras, nomeadamente as saturadas e as trans. Por isso, não tem de banir o ovo por ter colesterol elevado, contudo, nem 8 nem 80. O consumo moderado é recomendado, de um a dois ovos por dia, sendo boa fonte de proteínas, vitaminas A, D e E, selénio e zinco, e até de fosfolípidos, um tipo de gordura que promove o aumento dos níveis das HDL (o “bom” colesterol).
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