O colagénio é a proteína mais abundante no nosso corpo (cerca de 65% do total de proteína), sendo responsável pela composição do tecido conjuntivo de quase todas as estruturas orgânicas, como a pele, músculos, cabelo, articulações, cartilagens, tendões, ossos, células sanguíneas, vasos sanguíneos, coração e outros órgãos. Pela sua importância no organismo humano, o colagénio é cada vez mais recomendado por médicos e profissionais de saúde, sendo uma mais-valia no que respeita à nutrição, saúde da pele, saúde óssea e articulações, mas também emagrecimento.

Biossíntese de colagénio

O colagénio é uma proteína biossintetizável, isto é, naturalmente produzida pelo organismo, processo que é potenciado, naturalmente, por um estilo de vida saudável que inclua uma alimentação equilibrada e fornecedora de todos os nutrientes essenciais, em especial proteína de elevado valor biológico (rica em aminoácidos essenciais) e vitamina C.

No entanto, a produção de colagénio começa a diminuir, em média, a partir dos 25 anos. Acresce que o estilo de vida actual, caracterizado por erros alimentares frequentes, stress, exposição solar e vida sedentária, afecta e agrava a perda de colagénio, por aumento do stress oxidativo (radicais livres) que leva a uma maior degradação das suas fibras. Desta forma, pele, cabelo, unhas, músculos, ossos, articulações e os demais órgãos e tecidos corporais, podem ser negativamente afectados. De salientar que uma das manifestações mais óbvias da perda de colagénio com a idade é a perda de elasticidade da pele e da tonificação dos músculos, com consequente aumento da flacidez e aparecimento de celulite.

Colagénio e emagrecimento

O papel do colagénio o emagrecimento assenta essencialmente em duas acções: o aumento da perda de massa gorda corporal e a inibição do apetite.

No que respeita ao seu auxílio da perda de massa gorda corporal, o colagénio, sendo uma proteína estrutural da pele, órgãos e músculos, tem desde logo um efeito na preservação da massa muscular, impedindo que a mesma seja utilizada como fonte de energia em dietas de emagrecimento. A ingestão adequada de colagénio durante uma dieta baixa em calorias, com vista à perda de peso, favorece, assim, a utilização da gordura corporal como fonte de energia, em alternativa à indesejável utilização de massa muscular, com consequente maior perda de volume e promoção da tonificação muscular. Por este motivo, o colagénio é também uma referencia no tratamento e/ou prevenção da flacidez e da celulite.

O colagénio tem, ainda, um efeito na inibição do apetite, um dos grandes obstáculos ao cumprimento das dietas de emagrecimento saciedade significativo. As proteínas em geral, e o colagénio em particular, tem promovem naturalmente a sensação de saciedade, actuando como supressor natural do apetite.

Como enriquecer a dieta com colagénio

O colagénio existe naturalmente nos alimentos, sobretudo aqueles ricos em proteína, tais como: carnes magras, peixe, mariscos, clara de ovo e a conhecida gelatina. No entanto, para que o colagénio seja devidamente absorvido e utilizado pelo organismo, são essenciais outros nutrientes importantes, com destaque para a vitamina C, vitamina essencial para a biossíntese do colagénio no corpo humano, e sem a qual, a formação natural de colagénio é interrompida. Também as vitaminas A e E, bem como os oligoelementos selénio e zinco, parecem potenciar a absorção de colagénio, pelo que a prática de uma alimentação variada e rica em frutas, legumes, leguminosas e oleaginosas é, pois, fundamental para o devido aproveitamento dos alimentos proteicos ricos em colagénio.

Para melhores resultados com vista a objetivos concretos, como seja o emagrecimento, recomenda-se a suplementação da dieta com colagénio, de forma a obter as quantidades necessárias à ocorrência dos efeitos de inibição do apetite e preservação da massa muscular. Neste âmbito, existem varias formulas disponíveis, desde cápsulas a pó, ou mesmo alimentos enriquecidos com colagénio. As doses recomendadas variam entre as 2 a 10 gr/dia, sendo necessários mais estudos que quantifica a dose óptima para os efeitos pretendidos.